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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Curso de Corte Costura

 O que você irá aprender:
  • Preparação do Tecido
  • Estrutura dos Tecidos
  • Dicas para compra de Tecidos
  • Como reconhecer o Avesso e o Direito do Tecido
  • Como Trabalhar com Tecidos Delicados, com Pêlos, Lisos e Transparentes, com Elastano, com Fios metálicos e Rendas
  • Relação de Tecido, Agulha, Linha e Ponto
  • Sobre o Risco e o Corte
  • Sobre o Passar do Ferro
  • Acabamentos Finos Manuais
  • Acabamentos Finos a Máquina
  • Princípios de Composição do Vestuário
  • Etiqueta no Vestir
  • Como reconhecer e adequar tipo de Silhueta



1. TECIDOS
O conhecimento do tecido é importante quando se vai montar uma peça. Use o conhecimento é adquirido na disciplina de Tecnologia Têxtil para escolher o melhor tecido para seus trabalhos. Não se esqueça de olhar a composição e anota-la na ficha técnica.
Urdume: fio vertical, paralelo á ourela, possui menos elasticidade. A roupa cortada no sentido do urdume é dita “cortada no fio”. Este sentido dá à roupa um aspecto menos volumoso.
Trama: sentido horizontal, perpendicular à ourela, possui mais elasticidade. Raramente se corta uma roupa na trama, com exceção dos tecidos que possuem barra neste sentido.
Viés: sentido diagonal em relação à ourela possui mais elasticidade que a trama. Uma peça cortada no sentido do viés tem o caimento mais suave.
PREPARAÇÃO DO TECIDO
Quando compramos um tecido geralmente os vendedores rasgam o mesmo puxando por uma das pontas e isso faz com que as beiradas fiquem desiguais, sendo preciso acertá-las.
  1. Corte a ourela com a tesoura;
  2. Puxe um fio do tecido;
  3. Corte cuidadosamente ao longo do fio puxado até atingir a outra ourela.

O tecido também pode ter sofrido alguma distorção na fábrica, de modo que a trama e o urdume não estejam perfeitamente perpendiculares. Neste caso, é preciso fazer o alinhamento dos fios.
  1. Coloque o tecido sobre uma superfície plana e dobre, juntando as ourelas. Se o tecido ficar enrugado, precisa ser acertado seguindo os passos seguintes.
  2. Puxe o tecido no viés em todo o seu comprimento, até que fique alinhado;
  3. Passe a ferro o tecido antes de cortar.

É muito importante tomar todos estes cuidados para corrigir as distorções do tecido antes de cortá-lo, porém, devemos ter conhecimento de que nem sempre é possível fazer tais correções. Alguns tecidos como os que possuem acabamento à prova d’água, vinco permanente ou forro colado, não permitem que seja feito este realinhamento da trama. No caso de tecidos que têm a tendência para encolher ou quando se tem a intenção de fazer uma peça com dois ou mais tecidos diferentes, é aconselhável molhar estes tecidos e deixá-los secar à sombra antes de cortar. Quando o tecido estiver muito enrugado é importante passar a ferro, para que não ocorra qualquer alteração do molde.


ESTRUTURA DOS TECIDOS
Todos os tecidos de tear são produzidos pelo entrelaçamento de dois tipos de fios: os da teia (dispostos no sentido do comprimento) e os da trama (no sentido da largura). Os fios da teia são dispostos perpendicularmente aos da trama. A estrutura do tecido pode ser modificada alterando o padrão de entrecruzamento da teia e da trama. Existem três tipos fundamentais de estruturas – tafetá, sarja e cetim -, sendo o restante, em sua maioria, variantes destes três tipos, com exceção da estrutura Jacquard.
Devido à sua estrutura ou ao seu acabamento, os tecidos mais finos e delicados exigem cuidados especiais. O conhecimento  das características destes tecidos é importante para determinar o modelo, o tipo de acabamento e os equipamentos e utensílios adequados.
Conhecer as principais estruturas dos tecidos é de grande utilidade para que você saiba identificar um tecido, mesmo que não haja nenhuma informação mais específica na etiqueta de fábrica, pois nomes dados aos tecidos variam muito de fabricante para fabricante. Saber qual a estrutura do tecido pode ser de grande utilidade para decidir a sua utilização, o seu manuseio e que tipos de acabamentos poderão ser feitos na peça a ser confeccionada.
*Estrutura tafetá: esta é a estrutura mais simples, onde os fios da trama passam alternadamente sobre e sob os fios da teia. A tenacidade varia em função da resistência dos fios e da compacidade da sua estrutura. Exemplos: tafetá, musselina, voile, percal.
*Estrutura sarja:  é uma das estruturas fundamentais em que o fio da trama passa no mínimo sobre dois fios da teia e no máximo sobre quatro.Em cada nova passagem a trama avança uma unidade para a direita ou para a esquerda, formando uma estria em diagonal. Exemplos: sarja, gabardine, danine.
*Estrutura cetim: cada fio da teia passa sobre quatro a oito fios da trama, numa disposição em zig-zag. Exemplos: cetim, peau de soie, sablé.
*Estrutura jacquard: esta estrutura é conseguida por meio de uma mecânica   Jacquard, que controla separadamente os fios da teia e da trama de modo a formar desenhos elaborados na superfície do tecido. Exemplos: damasco, brocado, tecidos para decoração.
*Estrutura com pêlo: obtém-se acrescentando um fio de trama a uma estrutura de tafetá ou sarja. Este fio surge então no meio do tecido sob a forma de laçadas, que podem ser cortadas ou aparadas. Exemplos: veludo, pelúcia, imitação de peles.
*Estrutura de brocado: nesta estrutura, um fio da trama forma um desenho sobre a superfície da estrutura de base. Este fio segue pelo avesso, de um desenho para o outro, sendo cortado no final da tecelagem. Exemplo: cambraia suíça.
*Enredamento: esta estrutura forma nós nos pontos em que os fios se interceptam, formando uma teia. É a estrutura encontrada nas rendas em geral. Exemplos: tule, filó, parte em rede das rendas.

Estrutura cesto: variante da estrutura tafetá. Nesta estrutura cruzam-se fios duplos ou múltiplos, os quais são colocados lado a lado sem que sejam submetidos à torção. É uma estrutura menos firme e menos durável que a estrutura tafetá.
*Estrutura Gaze: nesta estrutura os fios da teia alternam-se na sua posição, tomando a forma de um oito em torno dos fios da trama.



A COMPRA DO TECIDO
Ao comprar um tecido verifique os critérios abaixo:
  • Estrutura: deve ser firme, sem fios soltos ou rompidos, de uma espessura uniforme.
  • Fios: os fios da trama devem ser perpendiculares às ourelas. Caso contrário, o tecido está desalinhado.
  • Cor: deve ser uniforme e firme. No caso de tecido estampado, verifique se há falhas na estampa.
  • Sempre ao comprar um tecido, verifique a sua composição para saber como manuseá-lo durante a confecção da peça e como passar e lavar a peça já pronta. De preferência, anote a composição do mesmo na hora da compra.



COMO RECONHECER O AVESSO E O DIREITO DO TECIDO
Sempre devemos identificar o direito do tecido antes de cortar uma peça, pois o risco deve ser feito sempre pelo avesso. Nos tecidos que são enrolados em peça ou tubos, o direito está sempre para dentro e você deve observar isso quando estiver comprando. Outras formas de identificação são:
  • Os tecidos macios são mais brilhantes do lado direito;
  • Nos tecidos com textura, esta apresenta mais definição do lado direito e no lado avesso pode-se observar irregularidades como bolinhas ou linhas soltas;
  • Tecidos com textura no estilo brocado são mais macios do lado direito e tem fios levantados do lado avesso;
  • Nos tecidos estampados as cores são mais vivas do lado direito;
  • Geralmente a ourela dos tecidos é mais macia do lado direito;
  • Muitas malhas quando esticadas, enrolam as suas bordas para o lado direito;
  • Existem tecidos que o lado direito e o avesso são muito semelhantes, neste caso, escolha um dos lados para ser o direito e marque o avesso com giz, para não confundir.



2 – COMO TRABALHAR COM TECIDOS DELICADOS
TECIDOS COM PÊLO
Estes tecidos pertencem ao grupo de estrutura com pêlos. Há uma rica variedade deste tipo de tecido, podendo ser de fibras naturais ou artificiais. Podem ser veludos, pelúcia, peles ou imitação de peles. Podem ter pêlo curto, com a superfície aveludada, com pêlos com menos de 3mm; ou pêlo longo com superfície com pêlos com mais de 3mm. Cada tipo deste tecido precisa de cuidados específicos. Os veludos podem ser feitos de seda, de acetato e ou de raiom.
Risco e corte
  • Nos tecidos de pêlo curto, você pode cortar com sentido do pêlo para cima, para obter um efeito de cor mais viva, e com sentido do pêlo para baixo, para obter um tom mais opaco;
  • Nos tecidos de pêlo longo, corte sempre com o sentido do pêlo para baixo.
  • Coloque as partes do molde sempre sobre o lado avesso do tecido;
  • Risque cuidadosamente as partes do molde com giz e corte rigorosamente em cima da linha riscada. Separe as partes e identifique todas do lado avesso para não confundi-las.

Montagem
  • Antes de costurar, prenda as partes com alfinetes ou alinhave;
  • Mantenha as margens de costura regulares;
  • Costure apenas uma vez, pois se a costura for desfeita, deixará marcas no tecido;
  • Deve-se utilizar uma agulha fina de ponta arredondada (ponta bola);
  • As costuras devem ser feitas de preferência seguindo o sentido do pêlo;
  • Para os tecidos de pêlo alto, deve-se tomar também o cuidado de regular a tensão da máquina e aumentar o comprimento do ponto;
  • Nos tecidos de pêlo alto, elimina-se o excesso de volume nas margens de costura aparando o pêlo neste local;
  • Para os veludos, recomenda-se o acabamento da bainha com debrum, podendo este ser uma tira de tule. Em seguida vira-se a bainha e costura-se com um ponto invisível.

Passar a ferro
  • Para passar o veludo de algodão a ferro, coloca-se uma pano tipo flanela ou sarja e por cima deste outro tecido de algodão cru, e sobre este é que o ferro será passado;
  • Para passar o veludo de seda ou sintético, coloca-se o ferro com a base para cima e desliza-se suavemente sobre este o avesso do veludo. Quando se tratar de abrir costuras, dá-se com o ferro em temperatura baixa, ligeiras pancadinhas sobre a costura, pelo lado avesso da peça;
  • Tome cuidado para que a temperatura do ferro esteja sempre baixa, pois temperaturas elevadas podem derreter o veludo. Durante a montagem, passe a peça a ferro o menos possível, e quando o fizer faça sempre pelo avesso;
  • Da mesma forma, passe os tecidos de pêlo alto pelo avesso, fazendo o mínimo de pressão para evitar amassar o pêlo.
  • Para abrir costuras, utilize o bico do ferro ou apenas os dedos.

TECIDOS LISOS E TRANSPARENTES
Risco e corte
  • Estenda o tecido sobre uma superfície plana e lisa;
  • Prenda as partes do molde ao tecido com alfinetes finos ou corte as partes do molde em papel de seda e una-as ao tecido por alinhavos, costurando papel e tecido juntos, para que o tecido não deslize;
  • Se for riscar o tecido, faça-o sempre pelo lado avesso;
  • Quando o molde tiver partes de contorno bem definido, corta-se em papel de seda, já com as margens, alinhavando em seguida estas peças ao tecido e recortando tudo junto;
  • Ao costurar as partes, deve-se manter o papel de seda, só retirando este após ter terminado de unir as partes.

Montagem
  • Costure apenas uma vez, pois os pontos depois de retirados deixam marcas no tecido. Para isso é necessário alfinetar ou alinhavar sempre as partes antes de unir;
  • Deve ser manuseado com cuidado, pois amarrota, suja e desfia com facilidade.
  • Para evitar que o tecido escorregue ao costurar, coloque tiras de papel de seda entre o tecido e o impelente;
  • Ajuste o comprimento e a tensão do ponto para evitar que o tecido franza com a costura. A tensão deve ser reduzida e o ponto deve ser pequeno;
  • Para evitar que o tecido estique, prenda sempre as partes com alinhavos;
  • Use agulha de máquina fina de ponta arredondada;
  • Os detalhes de montagem nos tecidos transparentes devem ter acabamento perfeito, por serem visíveis do lado direito. Nestes casos, pode-se recorrer a costuras francesas ou debruadas;
  • Os tecidos transparentes podem ser arrematados com uma simples bainha virada. Nos tecidos mais maleáveis, pode-se aplicar uma bainha em rolinho. Estas bainhas podem ser feitas à mão ou à máquina, com o auxílio de um pé calcador-embainhador.

Passar a ferro
  • Passe a seco, pois a água pode manchar o tecido;
  • A tábua de passar deve ser coberta com um tecido macio e a temperatura do ferro deve ser sempre baixa;
  • O ferro só deve entrar em contato direto com o tecido quando for necessário. Utilize um tecido de algodão para proteger enquanto passa. Para abrir as costuras deve-se usar apenas a bico do ferro, sem pressionar;
  • Antes de passar, faça um teste num pequeno retalho, para saber se o tecido tem a tendência a encolher ou franzir ao ser passado;

TECIDOS COM ELASTANO
Atualmente a Indústria Têxtil tem produzido tecidos finos como crepes, veludos e rendas com fios de elastano, para dar mais aderência e conforto às roupas mais sofisticadas. Porém, a utilização destes tecidos é bem mais difícil. São precisos alguns cuidados no corte e na montagem das peças feitas com tecidos que contenham fios de elastano.
Risco e corte
  • Estenda o tecido sobre uma superfície plana e lisa, com cuidado para não esticá-lo;
  • Prenda as partes do molde ao tecido com alfinetes finos, pois os alfinetes mais grossos podem romper os fios de elastano e deixar marcas no tecido;
  • Se o tecido tiver a tendência a deslizar, corte as partes do molde em papel de seda como já foi explicado acima;
  • Se for riscar o tecido, faça-o sempre pelo lado avesso;


Montagem
  • Para evitar que as costuras arrebentem, utilize linha adequada ao tipo de fibra do tecido e agulha fina de ponta arredondada;
  • Nos locais onde a elasticidade não for conveniente (como nos ombros, por exemplo), costure uma fita de tecido como reforço;
  • Para que as partes não estiquem ao serem costuradas, alinhave antes e se for preciso, faça pontos de fixação em locais estratégicos;

Passar a ferro
  • Manuseie suavemente o tecido, para evitar que este se distenda ou deforme;
  • Para evitar que as margens das costuras deixem marcas do lado direito, coloque tiras de papel por baixo destas;
  • Use ferro com temperatura baixa.

TECIDOS COM FIOS METÁLICOS
Os tecidos para noite ganham um glamour a mais quando têm em sua trama fios metálicos, o que lhes confere brilho e um aspecto luxuoso. Estes fios metálicos são geralmente muito frágeis e é preciso atenção para não danifica-los.
Risco e corte
  • Estenda o tecido sobre uma superfície plana e lisa;
  • Ao cortar o tecido tenha cuidado para não puxar ou deformar os fios metálicos durante o corte;

Montagem
  • Costure apenas uma vez, pois os pontos depois de desmanchados deixam marcas no tecido;
  • Para evitar que os fios metálicos se partam ao costurar, utilize uma agulha fina e por precaução, verifique sempre se a sua ponta está em forma;
  • Forre a peça para evitar que os fios arranhem a pele.

Passar a ferro
  • Passe o a seco, pois os fios metálicos perdem o brilho pela ação do vapor;
  • Passe com o ferro em temperatura sempre baixa.

RENDAS
A renda é um tecido de trama muito aberta, geralmente combina estrutura de enredamento e bordados com ou sem relevo. As rendas podem ser leves ou pesadas.
Risco e corte
  • Corte a renda procurando conservar todos os desenhos na mesma direção, de forma que haja uma continuidade sem interrompê-los;
  • O forro deve ser cortado em primeiro lugar. Deve ser de uma cor harmoniosa com a renda e a composição de sua fibra também tem que ser compatível com a renda que será utilizada;
  • Corte a renda de acordo com o forro e transfira todas as marcações para o forro. Uma boa opção é riscar as partes do molde em papel fino, prendendo o papel à renda com alfinetes e cortar os dois juntos. Depois de cortadas as partes, retire o papel;
  • Risque cuidadosamente as partes do molde com giz sobre o forro, cortando em cima da linha riscada. Separe as partes e identifique todas do lado avesso do forro e prenda com alfinetes as partes de renda e de forro correspondentes, para não confundi-las.
  • Da mesma maneira que a renda leve deve ser cortada procurando conservar todos os desenhos na mesma direção, de forma que haja uma continuidade sem interrompe-los. Os desenhos nas costuras laterais e nos ombros devem ser harmoniosos;
  • Todas as marcas de costuras devem ser feitas pelo avesso da peça, através de alinhavos

Montagem
  • Para evitar que a renda deslize ao costurar, coloque tiras de papel de seda entre o impelente e o tecido;
  • Use agulha de máquina “ponta bola” nº 11 e de mão nº 10, bem fina e longa, se a renda for fina. Se a renda for mais pesada, pode ser usada uma agulha mais grossa;
  • Se for colocar forro solto, todas as costuras feitas na renda devem ter acabamento perfeito. Para isso, pode-se recorrer a costurar debruadas;
  • Se a renda exigir forro preso, este deve ter a função de entretela, de forma que a renda se uma a ele, formando uma tela única. O forro deve ser preso à peça por meio de alinhavo diagonal, sobre uma superfície plana;
  • A bainha deve ser feita com todo o cuidado, de forma a manter o desenho na posição certa. Nas rendas pesadas, a barra pode ser recortada, aproveitando o contorno do desenho;
  • Para bainhas em renda pesada, recomenda-se uma bainha postiça. Para uma renda leve, recomenda-se a bainha em rolinho ou a aplicação de uma tira para reforçar. Pode-se ainda optar-se pela aplicação de uma renda decorativa como arremate da bainha, costurada com ponto de luva ou zig-zag. Algumas rendas permitem que se recorte o contorno dos motivos, sendo isso suficiente para o acabamento da barra.

Passar a ferro
  • Proceda cautelosamente ao passar peças com renda. A temperatura do ferro deve ser correspondente à fibra;
  • A renda deve ser passada o menos possível, pelo avesso, protegida por um tecido;
  • A tábua de passar deve ser bem acolchoada, por causa da delicadeza da renda.



3 – RELAÇÃO TECIDO, AGULHA, LINHA E PONTO
Para obter os melhores resultados, escolha sempre uma agulha de número e ponta adequados ao tecido. A agulha mais fina é de nº 9 e a mais grossa é de nº 18. Quanto mais leve o tecido, e mais fina a linha, mais fina deverá ser a agulha. Você deve ter em mente que cada máquina de costura tem o seu tipo específico de agulha, portanto, antes de colocar a agulha procure ter certeza de que esta é adequada à máquina. Existem também agulhas duplas ou triplas, para fazer costuras decorativas.

Partes da agulha:
  • Tronco ou cabo: é a parte superior da agulha;
  • Lâmina ou haste: trata-se do corpo da agulha;
  • Concavidade: é a reentrância que há por trás do fundo da agulha. Serve para facilitar a passagem da linha;
  • Buraco ou fundo: está situado imediatamente acima da ponta;
  • Ponta: é a parte que penetra no tecido, formando a costura;
  • Fresado: é uma ranhura que há em um dos lados do tronco, para facilitar o desdize da linha, sendo portanto, o lado pelo qual a linha deve ser enfiada.

Tipos de pontas:
  • ponta fina: utilizada mais freqüentemente, é a agulha “comum”. É indicada para todos os tipos de tecidos.
  • ponta arredondada: é especialmente indicada para costurar todos os tipos de malhas, pois não rompe os fios de elastano . Também pode ser utilizada em tecidos finos e delicados.
  • ponta facetada: esta agulha é indicada para costurar couro e materiais vinílicos.

O quadro abaixo tem as indicações de agulhas, linhas e comprimento de pontos adequados aos vários tipos de tecidos:
Peso e tipo de tecido
Linha
Comprimento do ponto
Agulha
Tipo
Tamanho
Delicado –  tule, chiffon, renda fina, organza, veludo de seda.
Linha fina de poliéster, náilon ou algodão.
1 – 1,5
2020
15 x 1
9
Leve – cambraia, organdi, voal, tafetá, crepe, veludo de seda, plástico fino, cetim, seda macia, palha de seda, shantung, brocado.
Poliéster misto com algodão
100% poliéster
Algodão mercerizado 50
Náilon “A”
Seda “A”
1 – 1,5
2020
15 x 1
11
Médio – algodão leve, linho, madras, percal, pique, chitz de linho, faile, veludo cotelê fino, veludo de algodão, casimira, vinil, tecidos de veludo, lã fina, sarja.
Poliéster misto com algodão
100% poliéster
Algodão mercerizado 60
Algodão 60
Seda “A”
1,5 – 2
2020
15 x 1
14
Médio-pesado – gabardine, tweed, lona, linha ou algodão grosso, sarja de Nîmes, tecidos para casacos, tecidos de cortinas, vinil, tecidos reforçados, algodão cotelê, tecido trama fechada.
Poliéster misto com algodão
100% poliéster
Algodão mercerizado grosso
Algodão 40 a 60
1,5 – 2
2020
15 x 1
16
Pesado – tecidos para sobretudo, tecidos de estofamento, lona grossa.
Poliéster misto com algodão
Algodão mercerizado grosso
Algodão 40
3 – 4
2020
15 x 1
18
Malhas e tecidos elásticos – malhas duplas, malhas fechadas, spandex, tricô de náilon, tricô oleado, jérsei, pelúcia aveludada, veludo tipo helanca.
Poliéster misto com algodão
100% poliéster
Náilon “A”
Algodão mercerizado 50
Seda “A”
2,5 – 3
2045
Ponta redonda (faixa amarela)
14
Couros – camurça, pelica, couro verniz, cobra, couros forrados, couros naturais e couros sintéticos.
Poliéster misto com algodão
100% poliéster
Algodão mercerizado 50
Náilon “A”
Seda “A”
2,5 – 3
2020 15 x 1
Ponta facetada
11
14
16


Fonte: O novo livro da costura SINGER


4 – RISCO E CORTE
Esta etapa é uma das mais delicadas na confecção de uma peça de vestuário, pois se deve proceder minuciosamente no risco e no corte das partes do molde, para que estas realmente se encaixem na montagem. Quando o molde é mal cortado, dificilmente a peça cairá bem e seria muito complicado fazer correções.
Como utilizar as peças do molde
  1. Reúna todas as partes necessárias ao modelo;
  2. Verifique quantas vezes deverá cortar cada peça;
  3. Se as peças do molde estiverem muito amarrotadas, passe-as a ferro;
  4. Prenda as peças do molde ao tecido com alfinetes ou alinhavos.

Como prender o molde ao tecido
  1. Comece a prender os alfinetes sempre partindo da dobra do tecido, passando depois para os cantos e depois para as bordas;
  2. Os alfinetes devem ser pregados diagonalmente nos cantos e perpendicularmente às beiradas, com as pontas para fora do molde;
  3. Utilize apenas os alfinetes necessários, exceto em tecidos maleáveis e escorregadios;
  4. Estude a posição de todas as peças do molde antes mesmo de riscar;
  5. Depois que fizer o risco, siga-o rigorosamente.

Processos de marcação
A marcação consiste em transferir as indicações do molde para o tecido. Deve-se marcar as linhas de costura, as pences, os pontos de encontro, as partes que serão dobradas, etc. As marcações podem ser feitas com carbono e carretilha, ou giz.
Para marcar com carretilha e papel carbono, coloque o papel carbono sobre o avesso do tecido e por cima deste o molde correspondente. Em seguida passe a carretilha seguindo todas as marcações contidas no molde, para reproduzi-las no tecido. Este processo de marcação é aconselhável para tecidos lisos e opacos.
Para marcar com giz, uma o tecido à parte do molde correspondente, em seguida, espete alfinetes por cima de cada marcação. Faça as marcações com o giz seguindo o caminho dos alfinetes. Este método é aconselhável para tecidos mais delicados ou multicoloridos, onde a marca do carbono não seria muito visível.
Como cortar
Antes de cortar certifique-se se é necessário dobrar o tecido. Em caso afirmativo, isto deve ser feito com o máximo de precisão, unindo as ourelas perfeitamente, prendendo-as com alfinetes. Verifique também se há alguma falha de fabricação no tecido, para não cortar uma das partes do molde neste local. Lembre-se de sempre dobrar o tecido unindo direito com direito.
Para cortar o tecido perfeitamente, mantenha o tecido bem esticado sobre uma superfície lisa adequada para o corte e siga as orientações alistadas abaixo:
  1. Utilize uma tesoura adequada para este fim. Verifique sempre se as lâminas estão bem afiadas, para que estas não “mastiguem” o tecido. Tenha cuidado para não prender os alfinetes entre as lâminas da tesoura, ao cortar, pois isso prejudica as mesmas;
  2. Durante o corte segure o molde com uma das mãos, para que este não saia do lugar;
  3. Não levante o tecido da superfície em que ele se encontra enquanto estiver cortando;
  4. Corte junto às margens do molde, com golpes longos e firmes nas partes mais retas e golpes curtos nas partes curvas e nos cantos;
  5. Deixe a tesoura deslizar livremente, tendo o cuidado para não cortar o molde, pois além de danificá-lo, poderá haver uma alteração na margem de costura.



5 – PASSAR A FERRO
No processo de montagem de uma peça de vestuário, é muito importante passar a ferro à medida que se costura. Pode ser uma coisa dispensável, porém, isto irá garantir o bom caimento da peça e evitará qualquer defeito de montagem. Para isso, deve-se ter alguns cuidados:
  1. Sempre faça um teste com um retalho do tecido antes de passar a peça;
  2. Retire alfinetes e alinhavos antes de passar a ferro, pois os alfinetes estragam o tecido e a chapa do ferro e os alinhavos podem deixar marcas. Se necessitar passar a peça o com alinhavo, use linha bem fina e alinhavos diagonais;
  3. Passe sempre pelo lado avesso;
  4. Use um pano de passar entre o ferro e o tecido a ser passado. O tipo de pano de passar irá depender do tipo de tecido a ser passado. Os únicos tecidos que dispensam este cuidado são o algodão puro e o linho;
  5. Faça o mínimo de pressão no ferro e acompanhe o sentido do fio do tecido ao passa-lo;
  6. Os detalhes que devem sempre ser passados a ferro são: costuras, pences, pregas, bolsos, golas, mangas, acabamentos de decotes, etc. Ou seja, deve-se passar a peça praticamente em todas as operações de montagem.



5 – ACABAMENTOS FINOS MANUAIS
Escolha uma agulha que seja adequada ao tecido. Para fazer os pontos a seguir, prefira agulhas mais finas e curtas para pontos pequenos, e mais longas para alinhavos.     Costure com linha relativamente curta, de 45 a 60 cm para costuras definitivas. Para os alinhavos, pode ser usada uma linha maior. A linha só deverá ser dobrada para pregar botões e colchetes.    Para alinhavar e fazer marcações, utiliza-se linhas de cores claras, que façam um certo contraste no tecido. As linhas muito escuras podem deixar marcas no tecido.     A seguir, estão os mais utilizados pontos à mão.
BAINHAS
Para fazer bainhas viradas, dobre na altura desejada, marque e pregue os alfinetes perpendicularmente à dobra, passando um alinhavo, não esquecendo de que a bainha deve ter uma altura uniforme. Passe a bainha a ferro e costure com um dos pontos de bainha. A seguir, estão os pontos mais utilizados para fazer bainhas à mão. De acordo com o tecido, deve-se escolher o ponto que mais se aplica ao resultado desejado para a peça.
Bainha dobrada com ponto espinha de peixe: indicada para peças de tecidos médiosa pesados sem forro e que desfiam muito.
Bainha debruada com ponto espinha de peixe: indicada para peças de tecidos médios a pesados sem forro, quando a peça não tem corte reto.
Bainha com ponto Invisível: este ponto é simples e rápido, executado por dentro, indicado para tecidos leves.
Bainha com ponto clássico: é bastante prático, porém menos resistente, indicado para peças delicadas.



6- ACABAMENTOS FINOS À MÁQUINA
COSTURAS ABERTAS
Costura com borda rebatida: este acabamento é indicado para tecidos leves e de peso médio, em peças que não levam forros.
Costura debruada com viés: indicada para uma peça em tecido médio ou pesado que não seja forrada.
COSTURAS FECHADAS
Costura francesa: indicada para tecidos transparentes nos quais as costuras são visíveis do lado de exterior da peça.
Costura tombada: esta costura é útil para reforçar e dar mais resistência a uma parte da peça.
Sobrecostura: esta costura é muito resistente e proporciona durabilidade à peça.
Costura debruada em si mesma:  esta costura dispensa qualquer acabamento e dá melhor resultado em tecidos leves que não desfiem facilmente.
Costura debruada com viés: indicada para uma peça em tecido médio ou pesado que não seja forrada.
BAINHAS
As bainhas à máquina são mais práticas e rápidas, proporcionando também muita resistência. Por outro lado podem não cair tão bem em uma peça mais social, por dar um aspecto mais informal à roupa. Abaixo estão apenas alguns dos tipos de bainhas feitas à máquina. Além destes, também há bainhas coladas, reforçadas, debruadas, etc. Para saber mais, você pode consultar um dos livros da bibliografia indicada.
Bainhas com ponto invisível: arremate resistente e relativamente discreto é uma alternativa para peças mais delicadas. Só é possível fazer em máquinas que dispõem deste tipo de ponto.
Bainha em rolinho: é uma bainha delicada e estreita indicada para tecidos delicados.
Bainha simples: é uma bainha comum, indicada para tecidos médios ou pesados.
Bainha postiça: esta bainha é indicada para peças que não têm um corte reto e não é possível dobrar a borda.
CASAS
As casas de botão podem ser verticais ou horizontais. O comprimento da casas deve ser igual ao diâmetro do botão, mais a sua espessura. As casas podem ser debruadas ou bordadas à máquina.
Casa debruada: este tipo de casa é indicado para tecidos leves e de peso médio que não desfiam e que vincam bem.
Casa bordada à máquina: é o tipo mais comum de casa, indicada para a maioria dos tecidos.


7- PRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO DO VESTUÁRIO
Para trabalhar com roupas mais elaboradas é importante conhecer os princípios de composição do vestuário. Neste nicho de mercado, este tipo de peça é desenvolvido para clientes específicos que estão dispostos a pagar um preço mais elevado para ter uma roupa mais personalizada. Por isso, quem vai atender este cliente deve levar em consideração uma série de aspectos antes de fazer o projeto de uma roupa.
Estas regras não precisam necessariamente ser seguidas a risca, porém, é bom lembrar que em algumas ocasiões, não raro, há uma exigência de traje a rigor, muitas vezes expressa no próprio convite do evento. Cabe ao estilista usar a sua criatividade para elaborar peças interessantes dentro da realidade de sua clientela.
Os princípios da composição do vestuário levam em conta os seguintes aspectos:
PROPORÇÃO – significa manter as relações coerentes de dimensão das peças que comporão o “look”.
HARMONIA – tornar um “look” harmônico é fazer com que este tenha um aspecto visual agradável.
OCASIÃO – as ocasiões estão classificadas em:
  • Esporte: é o mais simples e informal. Mulheres: calças leves, camisetas coloridas, vestidos de tecidos leves, bermudas, sandálias, etc. Homens: calças de brim, camisas pólo e de manga curta, jeans, sandálias. (não é considerado na disciplina de Técnicas de Montagem III)
  • Passeio (esporte fino/tenue de ville): este tipo de traje requer um pouco de formalidade as principais ocasiões são: vernissagens, almoços, conferencias, etc. Mulheres: pantalonas, túnicas, tailleur, bolsas pequenas e salto alto. Homens: ternos com gravata, mocassins.
  • Passeio completo ou social: é um traje formal, as principais ocasiões são festas e recepções. Mulheres: conjuntos de crepe tailleurs de seda, vestidos finos, salto alto, meias finas e bolsas pequenas. Homens: terno padrão de cor escura, camisa social, gravata e sapato preto.
  • Black-tie (tênue de soirée): é o traje mais chique, noite de gala, com glamour e requinte. Mulheres: vestidos longos, sofisticados, com bordados e tecidos nobres, saltos alto, meias finas, carteiras e bolsas pequenas, e uso de jóias. Homens: smoking, camisa branca, gravata borboleta e faixa preta na cintura, sapato liso com verniz. Festas ao ar livre: smoking branco.



ETIQUETA NO VESTIR
Trajes Masculinos
Esporte: camisa sem gravata ou suéter de malha.
Esporte Completo: acrescenta-se o blazer ou paletó esportivo
acompanhado de gravata esporte.
Passeio Completo: terno padrão único para homens mais formais.
Recepção: terno escuro, camisa branca, gravata discreta. Rapazes ou
homens jovens que queiram sair mais descontraídos tendem a abolir a
gravata, usando camisa lisa e camiseta branca.
Para Entrevistas: opte por roupas sóbrias, não usando e nem
misturando cores vivas. O sapato deve combinar com o cinto, e nunca use
meias claras com calças escuras.
Trajes femininos
Esporte: calça comprida, bermuda. Saia e blusa. Não se deve usar este
tipo de roupa em cerimônias oficiais.
Esporte Completo: são os tailleurs, vestidos e chemisier.
Passeio Completo: usa-se vestido, tailleur, sapato scarpin; pode
acompanhar uma bolsa pequena combinando com o sapato e/ou cinto.
Recepção: o traje de recepção é feito por vestidos de deux pièces
(saia/blusa, ou tailleur) em tecidos nobres.
Para entrevistas: evite roupas decoradas ou curtas, prefira roupas
sóbrias e discretas; evite as roupas de tecidos transparentes ou muito justas.
TIPO FÍSICO
Além da ocasião em que a roupa será usada, deve-se levar também em consideração o tipo físico ou biótipo do cliente a fim de fazer com que a roupa lhe caia bem. Os principais biótipos são:
  • Longilineo: é o tipo manequim, pouco busto, pouco quadril, pernas alongadas e estatura acima de 1,64m, geralmente todas as peças de roupas caem bem.
  • Mini-longilíneo: as mesmas características do longilineo, apenas com estatura inferior. Deve tomar o cuidado apenas de não usar comprimentos muito longos para não achatar a silhueta.
  • Triangular: pouco busto, ombros estreitos, quadris largos, deve usar roupas que proporcione volume ao busto e não usar peças inferiores volumosas.
  • Triangular invertido: contrario ao triangular, ombros largos, busto volumoso e quadris estreitos, valorizar o busto e procurar usar roupas que dêem mais volume aos quadris.
  • Quadrado: ombros e quadris da mesma largura, cintura não muito definida, estatura mediana, não deve usar roupas muito justas.
  • Forte: muito parecida com o quadrado, porém mais alto.



8. COMO RECONHECER O TIPO DE SILHUETA
A silhueta varia de pessoa para pessoa. A estatura é uma das indicações do tipo de silhueta, juntamente com o comprimento do tronco e a localização da linha do busto, da cintura e do quadril.
COMO ADEQUAR O MODELO AO TIPO DE SILHUETA
Para favorecer a silhueta, além de escolher o tecido mais adequado, devemos atentar para quatro elementos básicos: a linha, o detalhe, a textura e a cor. Cada um destes tem o poder de criar ilusões, porém, para tirar partido destes efeitos, é necessária uma análise realista do tipo de figura e decidir que características podem ser realçadas ou disfarçadas.
As linhas principais de uma peça de vestuário são aquelas que formam a silhueta ou linha de contorno. Podemos distinguir quatro tipos de formas: justo, semijusto, ligeiramente solto e solto. Uma peça justa ao corpo realça os contornos, enquanto que quanto mais solta a roupa, mais despercebida ficará a forma do corpo. Na elaboração de modelos sob medida, deve-se procurar o equilíbrio e a harmonia – a relação esteticamente agradável entre todos os elementos.
LINHAS ESTRUTURAIS
As linhas interiores de uma peça podem conferir uma nova dimensão à silhueta. Cada tipo de linha influencia de modo particular uma figura. Os nossos olhos tendem a se mover numa determinada direção – da esquerda para a direita e de cima para baixo. Existem alguns princípios gerais quanto à utilização das linhas:
  1. Quanto mais longa, mais larga e mais repetida for a linha, maior será a sua influência;
  2. As dobras de tecido (pregas, franzidos, drapejados) criam linhas e aumentam o volume;
  3. Quanto mais linhas existirem no padrão do tecido, menos detalhes deverão ter a peça de roupa.
  • Linhas verticais – Criam uma ilusão de altura e aspecto esguio. Porém, quando repetidas a intervalos regulares, podem dar à figura um aspecto mais largo e mais baixo, pois os olhos são atraídos de um lado para o outro.
  • Linhas horizontais – Têm a tendência para cortar a altura, especialmente quando dividem a figura ao maio. Mas uma linha horizontal colocada acima ou abaixo da linha média realça a zona menor, parecendo alongar visualmente a maior.
  • Linhas em diagonal – Podem contribuir para aumentar a altura ou a largura, conforme o seu comprimento e ângulo. Uma diagonal longa cria uma ilusão de maior largura.
  • Linhas curvas – Criam os mesmos efeitos que as linhas retas de localização semelhante, embora de uma forma mais sutil. O efeito visual é mais suave. Uma linha curva produz sempre um efeito de arredondamento e de maior corpulência.

DETALHES
Detalhes como mangas, golas, decotes e bolsos podem ter muita importância. A sua correta localização é que fará a harmonia da peça. Podem ter as seguintes finalidades:
  1. Acentuar uma silhueta. Por exemplo, mangas sino em um vestido trapézio.
  2. Dar realce a uma peça de vestuário simples.
  3. Tornar prática uma peça de vestuário formal.
  4. Despertar a atenção para uma característica interessante ou desviar a atenção de uma característica menos atraente.


COR E TEXTURA
Em geral as cores quentes, intensas e claras “avançam”, fazendo a figura parecer maior e as cores frias, discretas e escuras “recuam” fazendo-a parecer mais esguia.
A textura afeta igualmente de forma decisiva as dimensões da figura. As características descritas como textura podem ser o brilho ou a opacidade, o toque áspero ou macio, a rigidez ou maleabilidade, o peso e encorpamento que determinam o caimento do tecido.
As texturas granulosas e felpudas são mais volumosas e dão um aspecto mais pesado à figura. Um tecido rígido pode fazer a figura parecer maior, por outro lado, uma tecido maleável adere mais ao corpo e pode fazer parecer menor. As cores são divididas em quatro grupos principais:
  • Cores quentes: aquelas que conseguem provocar um efeito vibrante. Amarelo, vermelho, laranja. São muito usadas nas coleções primavera-verão, pois dão um clima de alegria e descontração. Porém, devem ser usadas com moderação.
  • Cores frias: provocam um efeito de calma e tranqüilidade. Verde, azul. São muito usadas para roupas mais sóbrias e clássicas.
  • Cores neutras: têm pouca intensidade. Bege, cinza, preto. São usadas para atenuar o efeito provocativo das cores quentes.
  • Tons pasteis: as cores em seu tom mais suave, mais claro. São usadas quando a intenção é dar um clima de romantismo e inocência.
    QUADRO DE COMBINAÇÕES HARMÔNICAS DE CORES
    Cor
    Atenuado
    Enriquecido
    Vermelho
    Verde
    Azul
    Laranja
    Amarelo
    Cinza, Bege, Branco, Preto
    Cinza, Bege, Branco, Preto
    Bege, Areia, Branco, Preto
    Cinza, Branco, Preto
    Cinza, Branco, Preto
    Verde
    Vermelho
    Laranja
    Azul
    Violeta



    PROPORÇÃO
    As relações entre as diferentes partes de um determinado modelo designam-se proporções. Estas partes podem ser definidas pelas linhas estruturais ou resultar da forma como são utilizadas a cor e a textura. O ideal é que as proporções estejam em harmonia entre si e em relação à figura.
    1. Motivos maiores (estampas e padrões) são indicados para uma figura mais volumosa;
    2. Estampas e padrões grandes podem ser harmonizados se tiverem corem suaves;
    3. Grandes zonas de cores contrastantes dividem a figura horizontalmente no ponto em que as cores diferentes se encontram. A utilização de uma só cor ou de tons aproximados dá a ilusão de uma figura mais esguia;
    4. Os detalhes devem estar em proporção com a figura e a roupa. Por exemplo, quem tiver pouca estatura poderá aparentar muito volume na parte superior do corpo se usar uma gola muito grande. Uma pessoa muito alta com uma gola muito pequena pode parecer desproporcional.




    Autor: Tânia Neiva Dias Silva, (tania_neiva@yahoo.com.br)
    Disponibilizado para a IdealGratis 22/08/08
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    O GRANDE LIVRO DA COSTURA – Seleções do Reader’s Digest. São Paulo, 1979.
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    SANTOS, Laércio F. e FILHO, José Ferreira de A. Introdução à Tecnologia Têxtil. CENAI/CETIQT, 1987.
    STERBLITCH, Vera. Acabamentos de Costura, Edições de Ouro: Rio de Janeiro, 1989.
    SOUZA, Maria Tereza F. Aprenda a Trabalhar com Renda e Crepe. Universidade Federal de Viçosa, 1986.
    O GRANDE LIVRO DA COSTURA – Seleções do Reader’s Digest. Ambar. Porugal, 1990.
    O NOVO LIVRO DA COSTURA SINGER – Edições Melhoramentos, 1989.


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